Caixa de marchas de dupla embreagem, é uma preocupação para o proprietário?

Meu amigo A.S.C. está avaliando a compra de um VW com câmbio automatizado de dupla embreagem e está preocupado. Quanto à durabilidade, não há razão para preocupações, os câmbios de dupla embreagem adotados pela VW e pela AUDI são similares e bastante confiáveis (já avaliei um AUDI 1.4 A3 com este câmbio e gostei muito), além de rápidos nas trocas e bastante precisos.

Não apresentam os problemas que este tipo de câmbio apresentava em carros de passeio de outros fabricantes, como os da FORD, por exemplo (avaliei um Fiesta e um Focus com este tipo de câmbio nos EUA). Nos dois carros FORD que dirigi, o câmbio fazia bom papel em acelerações rápidas, com trocas de marcha muito rápidas e precisas, mas vacilava na condução normal, com “pé leve” no acelerador.

Também já publiquei aqui no BLOG um post explicativo de como estes câmbios funcionam, mas vou resumir aqui:

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Eletricidade, etanol, gasolina, diesel ou GNV?

Volto a falar mais uma vez sobre o custo do km rodado. Nas outras vezes o tema foi ETANOL x GASOLINA x DIESEL x GNV, mas com as variações e novidades elétricas, o espectro precisa ser ampliado. A dúvida está mais atual do que nunca, com cinco opções de energéticos.

Vou me basear mais uma vez em consumos de modelos do Jeep Renegade (motor flex T270 desta vez), monitorados por mim e proprietários conhecidos meus, não há, portanto, rigor científico na análise, apenas dados de referência para comparação. As médias são na sua maioria obtidas em uso urbano e em trechos eventuais de estradas. Aproveitei para fazer uma conta com o GNV (neste caso tendo como referência motores 1.8 da Fiat convertidos ao GNV). Já para o carro elétrico usei de referência o Nissan Leaf (400 km de autonomia com uma carga completa de bateria):

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Trocando as rodas do Hyundai Tucson.

O Cristiano comprou rodas aro 17¨para colocar no seu Tucson, que tem rodas originais de aro 16″, montadas com pneus 235 60 R16. Ele quer saber qual pneu de aro 17″ deve comprar para alterar o mínimo possível as características atuais do carro (velocímetro e odômetro, principalmente).

A tabela a seguir mostra os cálculos:

Explicando:

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A campanha na mídia a favor do uso do etanol é verdadeira?

A ÚNICA – União da Indústria de Cana-de-Açúcar e Bioenergia lançou recentemente uma campanha de incentivo ao uso de etanol nos veículos flex. Um amigo ouviu a campanha no rádio e me perguntou?

  1. O etanol faz o motor ficar mais potente?
  2. O custo do quilômetro rodado com o etanol é menor do que usando gasolina?
  3. O etanol gera menos resíduos no motor que a gasolina?
  4. O etanol causava enferrujem (oxidação) interna nos motores a álcool da década de 1980, agora isso não acontece mais nos motores flex que usam etanol?
  5. O consumo (em km/l) do etanol é 30% maior que o consumo de gasolina?

Vamos às respostas:

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As curvas perigosas do Aterro do Flamengo no Rio de Janeiro.

O tema é debatido há décadas, muitas tentativas de solução foram tentadas (há mais uma em curso), mas todas focaram na qualidade do revestimento da pista, mas o asfalto é apenas uma parte menor do problema.

A qualidade do asfalto adotado em nossas ruas é notoriamente baixa e de curta durabilidade. Nas pistas do Aterro do Flamengo não é diferente, mas qual a razão de só lá os acidentes serem muito mais frequentes que em outras vias expressas? A razão principal está no projeto (equivocado) das curvas.

A prática da boa engenharia diz que curvas em vias expressas (com velocidades permitidas altas) devem ter raios grandes e super elevação. As curvas do Aterro têm raios grandes (corretos), mas tem flagrante (e perigosa) sub-elevação.

Veja as figuras explicativas:

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Motor Jeep/Fiat T270 Flex consome óleo acima do normal?

Conforme postei neste blog, assinei um JEEP RENEGADE LONGITUDE, com o temido motor flex 1.3 turbo, que conta com a má fama de “consumidor de óleo lubrificante” e de fragilidade por se extrair 185 HP de um motor 1.3, muito acima da média de potência dos motores turbo de mesma cilindrada. A fama me “ajudou” a optar pelo aluguel, como alternativa à compra.

Meus conhecidos vêm me perguntando se o motor está se comportando bem, e a resposta é sim.

Por precaução, medi o nível de óleo aos 1.000, 2.000, 3.000 e 5.000 km, e o nível permaneceu estável, sem consumo expressivo.

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Calendário IPVA 2024 no estado do Rio de Janeiro

Está chegando a hora de pagar o IPVA em todo o Brasil, no Rio de Janeiro o calendário divulgado pelo DETRAN-RJ é o seguinte:

FINAL DE PLACACOTA ÚNICA OU
1ª PARCELA
2ª PARCELA3ª PARCELA
022 de janeiro21 de fevereiro22 de março
123 de janeiro22 de fevereiro26 de março
224 de janeiro23 de fevereiro27 de março
325 de janeiro26 de fevereiro1º de abril
426 de janeiro27 de fevereiro2 de abril
529 de janeiro29 de fevereiro4 de abril
630 de janeiro1º de março5 de abril
731 de janeiro4 de março8 de abril
81º de fevereiro6 de março9 de abril
92 de fevereiro8 de março11 de abril
https://portal.fazenda.rj.gov.br/noticias/governo-do-estado-divulga-calendario-de-pagamento-do-ipva-2024/

O desconto para pagamento em cota única é de 3%, para quem tem disponibilidade financeira, vale a pena. Ainda não foi definido o valor do seguro obrigatório, mas é quase certo

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Comprar um carro 0km ou fazer uma assinatura (aluguel de longo prazo)?

Já tratei deste assunto aqui em 2020, quando optei por alugar um Renegade Longitude por 42 meses. Os leitores mais atentos já devem ter percebido que estou com um Renegade novo, 2024, sobre o qual tenho publicado alguns posts, mas não tratei da opção pelo aluguel, a qual acabei fazendo depois de negociar a compra de um carro 0km a vista. Na última hora, uma contraproposta da locadora me fez desistir da compra e assinar um novo contrato de aluguel, desta vez por 36 meses.

Antes de mais nada alerto, comprar ou alugar depende do caso específico de cada um (quilometragem média, modelo do carro, tipo de uso, região onde o carro vai ser usado, recurso para comprar o carro a vista, etc, etc, etc.).

Como um conhecido me questionou esta semana sobre a minha decisão, resolvi publicar aqui uma conta MUITO simplificada, mas parecida com a que fiz para tomar a minha decisão, lembrando que moro na Zona Sul do Rio de Janeiro, tenho bom histórico nas seguradoras, ando cerca de 10 mil km por ano com meu carro principal, e costumo trocar de carro a cada 3 ou 4 anos.

A conta simplificada é a seguinte:

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Jeep Renegade Longitude 2023/2024, 1.3 Flex, T270, automático. O que mais mudou? Continuação 2.

O que melhorou e o que piorou no Longitude 2019/2020 (motor 1.8) e o Longitude 2023/2024 (motor 1.3 turbo)?

Não há mais faróis de neblina e lanterna traseira de neblina na configuração padrão do Longitude. Ambos fazem falta, principalmente com os novos faróis principais, também em LED, mas bem mais fracos que a versão anterior (que eram ótimos).

Na dianteira, as setas foram incorporadas aos anéis de LED dos faróis e piscam em laranja, melhorando a sinalização. A câmera de ré passou a ter um zoom, o que é interessante, mas passou a precisar de mais luz para mostrar adequadamente a imagem colhida na traseira, o que piorou com relação à versão anterior.

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Jeep Renegade Longitude 2023/2024, 1.3 Flex, T270, automático. Continuação.

Conforme prometido no primeiro POST, faço aqui alguns comentários sobre a eletrônica embarcada nesta versão.

O sistema de frenagem de emergência funciona muito bem, quando a distância se reduz perigosamente, soa um alarme, acende um alerta no painel e o carro faz uma frenagem autônoma, reduzindo o risco de colisão.

Também o sistema de manutenção de faixa funciona de forma semelhante, mas ao se cruzar uma divisão de faixa sem dar a seta no mesmo sentido, o sistema atua na direção e faz movimento contrário, levando o carro novamente para o centro da faixa.

O sistema de leituras de placas de velocidade é bastante funcional, replicando em diversas opções de tela do painel, a velocidade limite indicada nas placas de rua. Uma câmera no para-brisa faz a leitura e o computador a interpreta.

O GPS nativo, da Tom-Tom, é um pouco impreciso em termos de rotas na cidade do Rio de Janeiro, e não incorpora informações de trânsito, o que é uma deficiência séria. Felizmente é possível usar o Google Maps replicado na tela central, com suas qualidades e defeitos.

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