Caixa de marchas de dupla embreagem, é uma preocupação para o proprietário?

Meu amigo A.S.C. está avaliando a compra de um VW com câmbio automatizado de dupla embreagem e está preocupado. Quanto à durabilidade, não há razão para preocupações, os câmbios de dupla embreagem adotados pela VW e pela AUDI são similares e bastante confiáveis (já avaliei um AUDI 1.4 A3 com este câmbio e gostei muito), além de rápidos nas trocas e bastante precisos.

Não apresentam os problemas que este tipo de câmbio apresentava em carros de passeio de outros fabricantes, como os da FORD, por exemplo (avaliei um Fiesta e um Focus com este tipo de câmbio nos EUA). Nos dois carros FORD que dirigi, o câmbio fazia bom papel em acelerações rápidas, com trocas de marcha muito rápidas e precisas, mas vacilava na condução normal, com “pé leve” no acelerador.

Também já publiquei aqui no BLOG um post explicativo de como estes câmbios funcionam, mas vou resumir aqui:

  • As caixas de dupla embreagem são câmbios automatizados (não são automáticos), com dois eixos primários, com uma embreagem para cada eixo, permitindo que a central eletrônica “entenda” a vontade do motorista e engate a próxima marcha a ser usada, resultado numa troca de marchas muito rápida e eficiente (na condução esportiva).
  • Elas não contam com o conversor de torque e, portanto, requerem os mesmos cuidados que as caixas manuais com embreagem de fricção (disco e platô) precisam ter observados em seu uso, para evitar desgaste prematuro dos elementos de fricção (sustentar o carro parado numa ladeira sem o pé no freio, apenas pisando levemente no acelerador, por exemplo).