Motores a hidrogênio podem ser uma realidade hoje em nossos carros?

Um leitor viu um vídeo na Internet que oferece um kit para converter motores que usam gasolina para passar a usar hidrogênio (anunciado como motor a água!).

Neste caso, a resposta ao meu leitor é : DEFINITIVAMENTE NÃO !!!

O anunciante da proeza, que vende o kit de conversão, é um estelionatário tecnológico. Explico:

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Desgaste de pneus. Os marcadores TWI devem ser observados.

Vou voltar ao assunto, pois é relevante e requer conhecimento, para não correr riscos ao rodar ou ser abordado por um fiscal desonesto.

Há alguns anos fui fazer a vistoria anual do meu carro e o atendente ia reprovando meu Suzuki Gran Vitara 2011! Nas palavras do fiscal “seu estepe atingiu o TWI, não tem mais condições de uso…”. Estranhei…

Havia tocado os quatro pneus do carro antes da hora, sem atingirem o TWI (Tread Wear Indicator, ou em tradução livre, Indicador de Desgaste da Banda de Rodagem). Botei um dos pneus que estava rodando no estepe. O desgaste era grande (para 20 mil quilômetros), mas os pneus ainda estavam longe de estar “carecas”.

Questionei o fiscal e o chamei para perto do estepe (na traseira do carro), para mostrar que as marcas de TWI não tinham sido atingidas. Ele então me mostrou uma “ponte de borracha” entre dois gomos do pneu (nivelada com a superfície da banda), que parece uma marca TWI, mas não é, ela é apenas uma característica do desenho da banda do pneu. Mostrei a marcação no “ombro” do pneu, que indica o alinhamento dos marcadores TWI. Ele então pediu desculpas e voltou atrás.

O assunto requer atenção, um erro como este do fiscal pode te levar a ter que comprar pneus novos e ter que voltar para refazer a vistoria. 

Se você não sabe achar as marcas TWI, procure por esta indicação triangular no ombro do seu pneu (ou a sigla TWI). Exemplo na foto a seguir:

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Etanol ou gasolina?

Já abordei o tema em alguns posts anteriores (os links estão no final deste post), mas volto ao tema que foi notícia hoje no rádio, por conta das grandes variações de preço decorrentes da redução de imposto nos estados.

Para tomar a decisão do ponto de vista meramente econômico, a regra de 70% é a forma mais fácil de tomar a decisão. Ou seja, se a gasolina estiver custando R$ 7,00 o etanol deve estar com preço abaixo de R$ 4,90, se a gasolina estiver a R$ 6,00 o etanol deve estar abaixo de R$ 4,20, e assim por diante.

Esta não é a forma mais precisa de decidir qual combustível usar, mas é a mais fácil.

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Já que falamos em híbridos, vamos esclarecer sobre os principais tipos de carros híbridos que estão à venda no Brasil.

O híbrido mais frequente é o “full hybrid”, que tem um motor a combustão que participa da tração do veículo (movimento) e também aciona um gerador que carrega as baterias de tração, estas (um grande conjunto) aciona um motor elétrico, capaz de movimentar sozinho o carro, quando as baterias estão carregadas. Os tecnicamente mais evoluidos são capazes de gerenciar a força dos dois motores (combustão e elétrico) para, em conjunto, otimizarem a performance ou a economia do carro. Nestes carros a energia das frenagens é convertida em carga elétrica para as baterias, otimizando a condução destes híbridos principalmente no trânsito urbano.

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Preços altos do etanol e da gasolina requerem atenção redobrada ao abastecer.

A mais nova disparada dos preços do etanol e da gasolina requerem mais do que nunca atenção na tomada de decisão de qual combustível escolher.

Já detalhei aqui no BLOG uma forma bem precisa de reconhecer o consumo médio de seu carro com cada combustível, já que a decisão acertada depende de cada conjunto – carro/motorista/tipo de uso/preços dos combustíveis.

Neste post vou simplificar, usando os dados colhidos com meu Jeep Renegade 2020 Longitude Flex automático,a partir de minhas observações ao longo de quase um ano e meio de uso (e pouco mais de 11 mil km).

No último abastecimento anotei no posto R$ 5,097 para o etanol e R$ 6,297 para a gasolina comum.

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Tração 4×4 é sempre para o offroad?

Um programa de TV na semana passada tratou do assunto e trouxe dúvidas aos leitores. Já tratei deste tema aqui no BLOG mas não custa fazer uma revisada rápida…

Tração nas 4 rodas quer dizer que o veículo recebe, no eixo dianteiro e no traseiro traseiro, a força do motor (no jargão popular).

Um 4×4 como eram os Jeeps Wyllis/Ford, fabricados aqui no Brasil até a década de 1980, havia uma diferencial traseiro, um diferencial dianteiro e uma caixa de transferência, acionada manualmente por alavanca no assoalho do Jeep, onde se podia escolher, tração traseira, tração 4×4 e tração 4×4 reduzida. O saudoso jipe da ENGESA, também fabricado no Brasil, tinha o mesmo esquema, mas a caixa de transferência não tinha reduzida, as opções eram: tração traseira e tração 4×4.

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Combustível líquido “limpo” para salvar os motores a combustão…esta imprensa “especializada”…

Ontem o site automotivo AUTO ESPORTE, vinculado ao jornal “O GLOBO”, deu mais uma bola fora, do ponto de vista técnico. O título da matéria, publicada na sua aba MOBILIDADE, “Salvação dos carros a combustão? Porsche quer fabricar gasolina que não precisa de petróleo”.

A matéria conta que a Porsche fez uma parceria com uma empresa do Chile para produzir combustível líquido a partir de CO2 da atmosfera e hidrogênio retirado da água. O autor do artigo diz que a idéia é produzir um combustível que não seja dependente do petróleo e, portanto, menos poluente.

Para garantir a energia para o processo, serão usados aerogeradores, segundo o autor, a região onde a fabrica produzirá o combustível é bem atendida em intensidade de ventos.

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Os diferentes pára-choques e os ângulos de entrada (ou de ataque) do Jeep Renegade.

Um leitor observou que os Jeeps Renegade, quando lançados, tinham dois formatos de pára-choques dianteiros, os modelos 4×2 incorporavam um spoiler na parte inferior, já os modelos 4×4 “mansos” também adotavam o spoiler, apenas na versão “casca-grossa” Trail-Hawk não havia este spoiler. Com o tempo, as versões 4×4 em geral perderam o spoiler e atualmente todas as versões têm pára-choques sem spoilers. O leitor quer saber a razão.

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Acelerador travado em carro automático, voltando ao tema…

Em 2014, meu leitor Ãngelo levantou o tema, depois de ver uma reportagem na TV. Com cada vez mais carros automáticos sendo vendidos no Brasil, o tema foi assunto de dois novos leitores.

Atualizo o post…

O Ângelo, em 2014, estranhou as orientações da reportagem e resolveu saber o que eu acho sobre o caso.

Esta situação é mais comum do que parece. Pessoas habituadas aos carros manuais, ao dirigir automáticos, se confundem com os pedais e pisam no acelerador como se fosse o freio. Como a força necessária ao freio é muito maior que a usada no acelerador, o pedal afunda até o chão e por vezes fica preso no tapete, disparando o carro, que está engrenado (em Drive).

Casos notórios no Rio, como o do carro que saiu de dentro de uma garagem, atravessou todas as pistas e calçadas da avenida e só parou nas areias da praia do Leblon, e o do carro que ficou pendurado na altura do quinto andar na Avenida Rui Barbosa, foram parar nos jornais.

Voltando à dúvida dos leitores, recomendo que num caso destes, a primeira coisa a fazer é manter a calma e desligar a chave do carro, pois aí se corta a alimentação do motor e o carro vai parar em poucos metros.

É verdade que neste caso a assistência hidráulica da direção deixa de funcionar, deixando-a muito pesada e difícil de manobrar, e há que cuidar para que a posição da chave não acione a tranca da direção, mas ainda assim é a opção mais rápida e segura de sair da situação de risco.

Tentar colocar a alavanca do câmbio no neutro é outra opção, mas requer perícia, ela pode não funcionar (o motor estará em alto giro) e há a hipótese de se engatar uma outra marcha, como a ré, agravando a situação. Lembre que este será um momento de tensão e risco.

Há anos vi um manobrista destruir um raro Santana automático ao retirá-lo de uma garagenm subterrânea de um restaurante paulista. Ele pisou fundo para subir a ladeira (à moda dos manobristas), o acelerador travou e ele cruzou a rua, colidindo com um carro estacionado, o carro batia e voltava, por mais duas ou três vezes e aí ele engatou a ré e desceu a ladeira em disparada, destruindo o Santana na primeira coluna da garagem. Felizmente ninguém se machucou.

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Etanol ou gasolina, o que é mais econômico usar?

Já publiquei aqui no BLOG uma teste de longa duração, feito com o Fiat 500 (Sport MultiAir Flex Auto) da minha esposa, rodando longos períodos apenas com um combustível (etanol ou gasolina comum) para avaliar o consumo e o custo do quilômetro rodado. Naquele post ensinei como realizar o mesmo teste e os respectivos cálculos para você fazer no seu carro e no percurso que costuma trafegar.

Desde que comecei a usar o meu Renegade 2020 (Longitude Flex Auto) repeti o teste, em blocos de aproximadamente 1100 quilômetros cada, anotando todos os abastecimentos e usando a referência de preços do posto que quase sempre abasteço.

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