Eletricidade, etanol, gasolina, diesel ou GNV?

Volto a falar mais uma vez sobre o custo do km rodado. Nas outras vezes o tema foi ETANOL x GASOLINA x DIESEL x GNV, mas com as variações e novidades elétricas, o espectro precisa ser ampliado. A dúvida está mais atual do que nunca, com cinco opções de energéticos.

Vou me basear mais uma vez em consumos de modelos do Jeep Renegade (motor flex T270 desta vez), monitorados por mim e proprietários conhecidos meus, não há, portanto, rigor científico na análise, apenas dados de referência para comparação. As médias são na sua maioria obtidas em uso urbano e em trechos eventuais de estradas. Aproveitei para fazer uma conta com o GNV (neste caso tendo como referência motores 1.8 da Fiat convertidos ao GNV). Já para o carro elétrico usei de referência o Nissan Leaf (400 km de autonomia com uma carga completa de bateria):

  • consumo médio de 7,5 km/l de etanol comum.
  • consumo médio de 9,5 km/l de gasolina comum.
  • consumo médio de 11,0 km/l de diesel S10.
  • consumo médio de 11,25 km/m3 de GNV.
  • uma carga de bateria (75 kWh).

Na data deste post, o preço da gasolina no Rio era de R$ 5,40, o do etanol era de R$ 3,50, o do diesel S10 era R$ 6,10 e o metro cúbico do GNV estava em R$ 4,30. No Rio, o preço do kWh residencial (da Light) está em R$ 1,115.

Diante destes números, calculei que para rodar 1.000 km com cada um dos energéticos, o motorista gastará:

  • R$ 470,00 com etanol comum
  • R$ 570,00 com gasolina comum
  • R$ 550,00 com diesel S10
  • R$ 380,00 com GNV
  • R$ 209,08 com eletricidade (conta de energia doméstica)

Daí se conclui que (enfatizando que sem rigor científico), andar com etanol está mais vantajoso se comparado à gasolina (é importante você fazer a medição em seu carro, com os preços da sua região, com seu estilo de direção e seus percursos típicos – há um POST neste BLOG explicando como fazer). Entretanto, com GNV ainda é mais barato e, sem dúvida, com eletricidade o custo do km rodado é o menor, MUITO menor.

Não posso deixar de lembrar que o etanol gera impactos bem menores no meio ambiente. Na sequência, GNV, gasolina e diesel. Também é interessante lembrar que, na matriz energética brasileira, com grande parte da geração de eletricidade sendo feita por fontes renováveis (hidroelétrica, eólica e foto-voltáica), o impacto de um carro elétrico rodando é o menor de todos para o meio ambiente.