Comprar um carro 0km ou fazer uma assinatura (aluguel de longo prazo)?

Já tratei deste assunto aqui em 2020, quando optei por alugar um Renegade Longitude por 42 meses. Os leitores mais atentos já devem ter percebido que estou com um Renegade novo, 2024, sobre o qual tenho publicado alguns posts, mas não tratei da opção pelo aluguel, a qual acabei fazendo depois de negociar a compra de um carro 0km a vista. Na última hora, uma contraproposta da locadora me fez desistir da compra e assinar um novo contrato de aluguel, desta vez por 36 meses.

Antes de mais nada alerto, comprar ou alugar depende do caso específico de cada um (quilometragem média, modelo do carro, tipo de uso, região onde o carro vai ser usado, recurso para comprar o carro a vista, etc, etc, etc.).

Como um conhecido me questionou esta semana sobre a minha decisão, resolvi publicar aqui uma conta MUITO simplificada, mas parecida com a que fiz para tomar a minha decisão, lembrando que moro na Zona Sul do Rio de Janeiro, tenho bom histórico nas seguradoras, ando cerca de 10 mil km por ano com meu carro principal, e costumo trocar de carro a cada 3 ou 4 anos.

A conta simplificada é a seguinte:

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Jeep Renegade Longitude 2023/2024, 1.3 Flex, T270, automático. O que mais mudou? Continuação 2.

O que melhorou e o que piorou no Longitude 2019/2020 (motor 1.8) e o Longitude 2023/2024 (motor 1.3 turbo)?

Não há mais faróis de neblina e lanterna traseira de neblina na configuração padrão do Longitude. Ambos fazem falta, principalmente com os novos faróis principais, também em LED, mas bem mais fracos que a versão anterior (que eram ótimos).

Na dianteira, as setas foram incorporadas aos anéis de LED dos faróis e piscam em laranja, melhorando a sinalização. A câmera de ré passou a ter um zoom, o que é interessante, mas passou a precisar de mais luz para mostrar adequadamente a imagem colhida na traseira, o que piorou com relação à versão anterior.

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Jeep Renegade Longitude 2023/2024, 1.3 Flex, T270, automático. Continuação.

Conforme prometido no primeiro POST, faço aqui alguns comentários sobre a eletrônica embarcada nesta versão.

O sistema de frenagem de emergência funciona muito bem, quando a distância se reduz perigosamente, soa um alarme, acende um alerta no painel e o carro faz uma frenagem autônoma, reduzindo o risco de colisão.

Também o sistema de manutenção de faixa funciona de forma semelhante, mas ao se cruzar uma divisão de faixa sem dar a seta no mesmo sentido, o sistema atua na direção e faz movimento contrário, levando o carro novamente para o centro da faixa.

O sistema de leituras de placas de velocidade é bastante funcional, replicando em diversas opções de tela do painel, a velocidade limite indicada nas placas de rua. Uma câmera no para-brisa faz a leitura e o computador a interpreta.

O GPS nativo, da Tom-Tom, é um pouco impreciso em termos de rotas na cidade do Rio de Janeiro, e não incorpora informações de trânsito, o que é uma deficiência séria. Felizmente é possível usar o Google Maps replicado na tela central, com suas qualidades e defeitos.

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Offset das rodas dos veículos.

Este assunto voltou à tona entre conhecidos, que gostam de personalizar seus carros. Vou republicar aqui um post que fiz há 10 anos, no carrosemduvida.blogspot.com, onde o BLOG CARRO SEM DÚVIDA começou e onde coleciono algumas centenas de postagens, entre avaliações de carros, textos técnicos e assuntos gerais sobre a indústria automobilística.

A dúvida era: offset das rodas, o que significa?

Offset é uma medida que determina a posição da roda com relação ao cubo (ou flange) onde a roda é aparafusada.

O offset pode ser neutro, positivo ou negativo. O offset faz parte do dimensionamento da suspensão e da geometria da direção de um carro.

Para um mesmo carro, ao escolher uma roda, é importante procurar obedecer às especificações do offset original. A alteração desta grandeza, além de tirar as características originais do projeto (podendo levar à sobrecarga), também pode levar a que o pneu raspe no para-lamas.

Vale observar o desenho esquemático abaixo, para facilitar o entendimento.

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Jeep Renegade Longitude 2024, 1.3 turbo, 4 cilindros, flex, automático.

Depois de fazer um test-drive na versão S do Renegade (o atual topo da linha), negociar a compra do Longitude com a concessionária Jeep, acabei por voltar a negociar com a locadora, que melhorou as condições do contrato de aluguel por 36 meses. Peguei o Jeep alugado há dois meses e meio e já rodei quase 1.500 km.

Como esta nova versão tem MUITAS diferenças da anterior, que havia alugado em Fev/2020, vou fazendo a avaliação em alguns posts, para a leitura não ficar cansativa. Neste primeiro, vou me concentrar no novo motor e na suspensão.

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Jeep Compass diesel 2017, com problema no motor.

O leitor Renan me escreveu:

“… Tenho um compass 2017 diesel com 78mil Km rodados, semana passada fiz a troca da bateria e logo em seguida a luz da injeção eletrônica acendeu, como isso notei o carro mais fraco, não passava de 120 Km/h. Logo em seguida, levei em uma oficina para apagar o erro, o carro rodou por mais 30 Km e ultrapassou os 120 Km/h, porém a luz da injeção acendeu novamente e o carro perdeu mais potência do que antes, chegando agora até 100 Km/h e sofrendo em subidas. Saberia informar se é problema na turbina ou alguma sugestão? É comum esses problemas no Compass?…”

Este é um problema que, à distância, é difícil diagnosticar, mas podemos fazer algumas considerações:

  • Se o problema aconteceu depois da troca da bateria, é sinal que alguma configuração da “centralina” foi perdida.
  • Se depois de passar o scanner a luz apagou, e o funcionamento do motor voltou ao normal, reforça a tese de que é um problema de configuração.
  • Se depois de 30 km o problema voltou ainda maior, denota que a centralina deve ter entrado em modo de segurança, garantindo o funcionamento do motor, mas com limitação, ou seja, aparentemente não é um defeito físico com a turbina ou com qualquer outro componente mecânico, e sim um problema eletrônico (provavelmente de configuração).
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Chevrolet TrailBlazer LT 2021, 1.5 turbo, CVT.

Aluguei o TrailBlazer (TB) americano, que não tem nada em comum com o SUV gigante que foi vendido no Brasil. É um SUV compacto, um pouco maior que os nossos Trackers de gerações anteriores à atual.

Apesar da quilometragem elevada (23 mil milhas), o TB se mostrava sólido, suspensão justa, interior silencioso, e acabamentos integros, um feito para um carro usado por muitos motoristas, alguns sabidamente sem nenhum cuidado com o bem alheio…

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Avaliação final aos 35.400 km com o Renegade Longitude 1.8 Flex, automático, 2020.

Depois de 42 meses, meu contrato de aluguel terminou com a Localiza (agora rebatizada Localiza Meoo). Posso dizer que o próximo proprietário (a Localiza vende os seus “semi-novos”) vai comprar um carro em excelente estado.

A suspensão resistiu bem à buraqueira do Rio de Janeiro. As partes de acabamento do interior, também demonstraram boa resistência e não apresentaram rangidos ou vibrações. Os bancos de couro estavam como novos, apesar de eu não ter feito nenhuma hidratação no período de uso.

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Jeep Renegade S, 2023-2024, 1.3 turbo, flex, 4×4. Test-drive.

Meu contrato de assinatura do Renegade Longitude 1.8 Flex 2020, está acabando e passei a cogitar a compra de um carro 0km, já que os valores das mensalidades das assinaturas subiram muito.

Fui avaliar o Renegade Longitude 1.3 T, o Tracker Premier 1.2 T, o Corolla Cross 2.0 aspirado, e o Honda HRV 1.5 aspirado.

Fiz um test drive no Renegade S, pois o Longitude estava indisponível no momento. São poucas as diferenças entre as duas versões, mas são importantes (tração 4×4 é a principal, depois o câmbio de 9 marchas, os aros de 19 polegadas e alguns detalhes eletrônicos). O que eu queria avaliar era a mecânica 1.3 turbo, comum às duas versões e ela me conquistou.

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Óleo lubrificante é “virgem” ou reciclado?

Esta pergunta preocupa alguns motoristas conhecidos e resolvi publicar um POST aqui para esclarecer e não deixar que se enganem ao lidar com o assunto.

Primeiro vamos aos fundamentos:

  • os óleos lubrificantes de motores são hidrocarbonetos de cadeia longa (muitos carbonos) e na sua maioria são originados no refino de petróleo.
  • o óleo refinado se transforma em lubrificante ao receber aditivos químicos desenvolvidos pelos fabricantes.
  • depois de separada na torre de destilação da refinaria, a fração do petróleo que vai virar lubrificante, vai para o fabricante de óleo lubrificante, que incorpora seus aditivos, os quais dão as principais características de cada óleo.
  • depois de usados num motor, os óleos lubrificantes, devidamente recolhidos no posto de troca, poderão ser reciclados, já que boa parte das moléculas de hidrocarbonetos que compõe os lubrificantes permanecem inalteradas com o uso.

Em seguida aos fatos:

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