Já publiquei neste blog alguns posts sobre o Jeep Compass 2014 e também fiz um comparativo, entre ele e o Suzuki Grand Vitara 2011. Agora, completados 30.000 km rodados, está na hora de uma avaliação “de longo prazo”.
Vale lembrar, 2016 é o último ano que o Compass tem esta aparência. A linha 2017 vai trazer um desenho completamente novo, mas, pelo que noticia a Jeep, serão mantidas a mecânica e o porte do Compass, que deverá passar a ser fabricado no Brasil.
O silêncio a bordo continua me agradando. Crossover com nível de ruído de sedã de luxo. O para-brisa de grande espessura, adotado a partir desta versão 2014, ajuda a isolar surpreendentemente os ruídos externos e os do motor.
O acabamento é ótimo, com materiais agradáveis, de boa qualidade e aparência agradável, montados com encaixes perfeitos. A esta altura já posso dizer que são duráveis, pois estão em ótimo estado e boa aparência, mesmo depois de dois anos e 30 mil km rodados, na cidade e na estrada.
Pequenos detalhes cromados dão ar sofisticado ao interior. A iluminação nos porta-copos são um detalhe muito funcional e charmoso. O tecido dos bancos é agradável ao toque. A qualidade do som é ótima, com alto-falantes grandes de alta performance. O sistema tem DVD, mas não tem tela nesta versão, mas é possível comprar telas para o encosto dos bancos de cabeça dos dianteiros (a preços exorbitantes!).
A luz de teto do porta-malas é, também, uma lanterna de LED destacável. É bastante prática e pode ajudar muito numa troca de pneus à noite.
Outro destaque é a segurança. Os encostos de cabeça dos bancos dianteiros tem sistema com explosivos que os posicionam de forma a proteger a cervical dos ocupantes em caso de colisão traseira. Air-bags frontais, laterais e de cortina completam a segurança.
O câmbio CVT surpreende, faz o carro pular no sinal, com uma relação muito curta e resposta rápida ao acelerador. Por outro lado, andando a 100 km/h o motor gira a apenas 2000 rpm (uma relação bastante longa e conveniente para rodar em estradas). Continua com funcionamento suave e preciso.
As seis marchas pré-determinadas podem ser trocadas de forma manual e muito rapidamente. O casamento do motor e do câmbio são bastante bons, garantindo boa performance ao Compass, sem que isso represente um alto consumo de gasolina (o motor não é flex, ainda bem!).
Subindo uma serra, dá para rodar no automático, mas a opção de trocas manuais deixa a subida bem mais agradável.
A suspensão é dura, mas não é desconfortável. Aos 30 mil km rodados, as buchas da balança da suspensão dianteira requereram substituição. Tinha a expectativa que toda a suspensão duraria mais, mesmo rodando nas ruas esburacadas do Rio…
O carro faz curvas com mais desenvoltura que a maioria dos sedãs à venda no Brasil. Nada de tombar a carroceria. O comportamento é bem mais interessante do que de outros SUVs e Crossovers disponíveis no mercado brasileiro.
As rodas de 18″, pintadas de preto piano, compõem bem o visual “durão”, mas não são muito práticas, pois qualquer arranhão fica muito flagrante.
Continuam como pontos fortes:
– Relação custo-benefício, segurança ativa e passiva, preço de revenda, acabamento, status, espaço interno, desempenho, silêncio a bordo, qualidade do som e o câmbio CVT.
São pontos fracos:
– o custo da manutenção é muito alto, sendo necessário voltar às concessionárias a cada seis meses, independente da quilometragem.
– o porta-copos duplo no final do console central invade a área dos pés dos passageiros do banco traseiro.
– a luz do porta-luvas é fraquíssima, é um sinalizador da porta USB e só ilumina mesmo na escuridão total.
– a porta USB é muito mal posicionada;
– as rodas 18” pintadas de preto não agradam a todos (as mulheres odeiam…) e não são práticas.
– a aparência das maçanetas externas das portas traseiras (instaladas altura da coluna C) denotam baixa qualidade (o funcionamento é duro, mas não apresentou defeitos).
– o sistema de reconhecimento de voz (que controla o som e a conexão do celular) é precário (eles deveriam aprender com a FIAT, empresa do mesmo grupo, que tem um sistema excelente instalado em seus simpáticos 500).
– computador de bordo tem muito poucas funções e a buzina é forte demais e o som é feio.