Como abordar um quebra-molas (ou lombada)?

Neste domingo, uma das matérias do programa especializado em carros da TV abordou este tema novamente. Como passar por um quebra-molas? Chuveram perguntas aqui no BLOG…

Afinal eu publiquei um post sobre o tema (https://carrosemduvida.com/2014/12/10/mitos-da-internet-3-passando-no-quebra-molas/).

O “especialista” ouvido (qualificado pela TV como “especialista em suspensão”) afirmou que a melhor forma de abordar o quebra-molas é de frente (perpendicularmente), ou seja, com as duas rodas dianteiras passando ao mesmo tempo. A justificativa é que passando uma roda de cada vez há concentração de esforços na roda que passa sozinha na lombada. Discordo.

Esta conclusão só poderia ser feita depois de realizados cálculos ou experimentos precisos que só seriam válidos para aquele tipo de carro analisado. Distribuição de pesos nos eixos, rigidez torcional do chassis e características das suspensões podem levar a resultados distintos para cada carro. Generalizar é impróprio.

O “especialista” ouvido pela TV trabalha numa loja de reparo de suspensões. Não confio na opinião dele, por falta de formação técnica e por conflito de interesses.

Para conhecimento do leitor, contrariamente ao que recomendou o “especialista”, eu, também sem qualquer rigor técnico (não fiz ensaios ou testes em meus carros), apenas por “feeling”, opto em abordar os quebra-molas na diagonal.

Em tempo, tenho formação técnica (sou Engenheiro Mecânico e de Automóveis), tenho experiência (trabalhei no Centro Tecnológico do Exército e no Campo de Provas da Marambaia, desenvolvendo e testando veículos militares em condições extremas) e não tenho conflito de interesse (não trabalho numa empresa que faz reparos em suspensões). Por estas razões não dito regra sem calcular e/ou testar.

Como não há publicação de um estudo sério sobre o assunto e tampouco casos registrados de danos causados por uma prática ou outra, escolha a sua segundo seu sentimento e experiência com seu carro.