Jeep Renegade Longitude 2020, avaliação dos primeiros 2.000 km.

Meu Jeep Renegade chegou aos 2.000 km. Para ter uma ideia qual o combustível mais adequado, usei etanol os primeiros 1.000 km e gasolina comum nos 1.000 seguintes. O tipo de uso foi similar nos dois períodos, restrito ao trânsito urbano do Rio de Janeiro.

Como moro no Rio, vou usar a referência de preços daqui, mas a conta pode ser ajustada para a realidade de cada usuário. No ultimo dia que abasteci, no posto que uso sempre, o etanol custava R$ 3,499 e a gasolina comum R$ 4,479.

Nos primeiros 1.000 km (média de 23,5 km/h), o Renegade mediu no computador de bordo 6,5 km/l de etanol, já os 1.000 km seguintes (média de 24,5 km/h), o consumo médio foi de 8,4 km/l de gasolina. Assim, o custo do km rodado com etanol foi de R$ 0,5383 e usando a gasolina comum o custo foi de R$ 0,5332 por km rodado.

Ou seja, com a gasolina o custo é 1% menor. Esta diferença é mínima e não relevante, está dentro da margem de erro do cálculo (variáveis como percurso, temperatura, velocidade média, etc podem alterar estes números). Por questões ambientais, nestas condições a opção seria usar etanol, bem menos poluente que a gasolina.

Também anotei pontos interessantes sobre o uso do carro. As luzes internas são muito fracas, o que me levou a trocar por lâmpadas de led, que oferecem um melhor fluxo luminoso. Os tapetes amovíveis são finos e denotam qualidade duvidosa, incompatíveis com o restante do ótimo acabamento do carro (exceto da peça plástica escondida atrás do volante, mal acabada e com material plástico de qualidade duvidosa).

Chama a atenção de todos a qualidade da pintura, principalmente quando o carro está exposto ao Sol, quando brilha como poucas.

pintura

Apesar de parecer menor, o Renegade tem praticamente a mesma largura do Compass, o que favorece ao espaço interno, mas dificulta o posicionamento em vagas apertadas (como a da minha garagem). O comprimento é menor que o Compass, reduzido na distância entre eixos, o que se reflete em menor espaço para as pernas no banco traseiro.

Os mimos eletrônicos são muitos, alguns nem aparacem no manual, como a possibilidade de fechar os vidros depois do carro desligado usando o controle remoto. Abrir os vidros de fora do carro também é possível (os 4 juntos), o que é muito conveniente em dias quentes. Interessante a redundância de alguns controles, que podem ser acionados por botões no painel ou na grande tela touch central.  O controle do ar condicionado em duas zonas ajuda na harmonia a bordo (no lado do motorista regulo  sempre com a temperatura mais baixa que do lado direito).

Ainda não senti diferença significativa no motor com o uso. A capacidade de frenagem e a estabilidade direcional são muito boas para um SUV. A suspensão lida bem com os buracos do asfalto e os trechos de terra em estrada esburacada. Apesar de não ter altura livre do solo das maiores, o fundo não encostou em nenhuma situação. A rigidez torcional da carroceria é excelente, o que pode ser observado ao subir e descer da rampa em ângulo na minha garagem. O cofre do motor é caprichado, com travas nas duas laterais do capot, herança dos verdadeiros offroad da marca.

cofre motor

Não gosto dos retrovisores externos, embutidos em caixas de grandes dimensões, que acabam por restringir o campo visual. Também acho pouco efetivo o canto externo dos espelhos em parábola, o que teoricamente melhoraria o campo visual, para mim não funciona, mas é solução amplamente adotada no mercado norte-americano.

Gosto da lógica da iluminação do painel, que se ajusta à luminosidade externa, com ela o painel tem sempre a iluminação conveniente.