O Wrangler foi para mim uma suspresa (positiva e completa). ]

Conheço de longa data as qualidades offroad da família CJ desde as versões CJ3 da década de 50, repontecializadas no Brasil com motor quatro cilindros de Opala.

Tive um CJ5, fabricado pela Ford do Brasil com motor 2.3 OHC e câmbio manual de 4 marchas. Fiz várias trilhas em um CJ7 (6 cilindros em linha), fabricado no início da década de 90, que um amigo meu dirigia. Nenhum deles primava pelo conforto. Todos eram excepcionais em suas habilidades fora de estrada.

O Wrangler Sahara não abandona as competências tradicionais, mas aliou um nível de conforto urbano surpreendente. É suave, silencioso, muito rápido e seguro. Não parece um fora de estrada andando no asfalto. Tem comportamento de um bom crossover. O câmbio se casa no limite da perfeição com o motor. Economia não é seu forte, mas o consumo é baixo para a performance disponível e o peso do carro.

Na estrada asfaltada, andar a 120 km/h é tarefa fácil e confortável. O teto completamente removível (em partes), com acabamento interno de plástico, consegue manter bom isolamento térmico e acústico. As portas também são removíveis, tornando o Wrangler num observatório 360 graus da natureza ao redor (quando se pretender andar em trilhas). Todos os itens removíveis podem ser acondicionados em convenientes suportes que ficam na garagem e são vendidos separadamente.

O acabamento interno é simples, mas muito bom. Há saídas de ar condicionado na segunda fila de bancos. O sistema multi-midia é de boa qualidade e espelha o celular do motorista. A posição de dirigir é diferente de um crossover ou de um sedã, mas é fácil achar uma posição adequada. O volante é preciso e as reações rápidas. O câmbio é bem escalonado e confere ao jipão desempenho acima dos carros esportivo brasileiros.

Cinco passageiros viajem com espaço e conforto e o porta-malas é bem espaçoso. É possivel remover a segunda fila de bancos e o Wrangler se transforma numa picape (aberta ou fechada).

Fiquei curioso para dirigir a nova versão com motor 2.0 turbo, um pouco mais potente, com muito mais torque em toda a faixa e bem mais econômico.

Minha conclusão é que o Wrangler pode ser o carro único de uma família que precise de espaço, conforto, segurança e desempenho, adicionando uma boa dose de charme e personalidade. Pena que custe tão caro no Brasil.