Chevrolet Onix, 1.0 l flex, 4 cil, manual, 6 marchas, 2018/2019.

Não se deve esperar muito de um carro 1.0, colocado pela montadora no mercado para ser seu carro de entrada. Deveria ter desconfiado antes de dirigir, que alguma coisa deveria ser diferente dos outros “carros de entrada” concorrentes (nenhum carro é lider de um segmento do mercado sem razão…).

A primeira impressão é de amplitude, o carro aparenta ser largo e espaçoso. O layout é bem pensado e acomoda muito bem quatro passageiros (o quinto, no meio do banco traseiro, já fica em desvantagem).

Os materiais de acabamento são simples (melhor aparência que os dos Renaults Sandero e Twid e pior que os do VW Up). O encaixe das peças é bem feito e com mais de 30 mil quilômetros na mão de diversos motoristas este ONIX ainda estava sem rangidos internos, mesmo nas ruas esburacadas de Brasília.

O painel é simples, mas simpático, voltado para os jovens, que sonham com os painéis digitais dos carros mais caros. O velocímetro digital é útil para controlar os limites de velocidade e o conta-giros analógico traz o toque de esportividade “raiz”. Há poucos confortos, uma porta USB, controles manuais dos retrovisores, travas elétricas nas portas e vidros elétricos só nas portas dianteiras.

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Um sistema alerta no painel a hora de trocar as marchas. O motor 1.0 (de 80 CV queimando etanol) é coerente com a proposta do carro e parece que tem mais fôlego que os concorrentes. Também é econômico (nas ruas de Brasília, quase sempre planas, deve ter passado dos 10 km/l de etanol, sempre rodando com ar condicionado ligado).

O câmbio de seis marchas é preciso (e uma grata surpresa num carro 1.0 de entrada) e bem escalonado. Na cidade, a ultra desmultiplicada sexta marcha dificilmente será necessária, mas em quinta, o ONIX se vira bem a partir dos 40 km/h, prescindindo de trocas de marchas contantes.

Como avaliação geral posso dizer que o ONIX é melhor do que eu pensava. Faz um belo papel como carro urbano, eficiente e barato. Uma vitória da engenharia automotiva brasileira. Me rendi às evidências do mercado, que por muito tempo colocou o ONIX como best seller da categoria.