Um leitor assistiu no YouTube um vídeo de um repórter americano (sem legendas) que fala sobre “pular” a troca de marchas. Ele me perguntou se a postagem está correta, pois o repórter afirma que não há problema com isto (por exemplo, pular de primeira para terceira, sem passar pela segunda).
Respondo que ele está correto (mesmo que você não tenha o esportivo da BMW que ele dirige…). Não há qualquer dano a um câmbio manual convencional em “pular” marchas. Por outro lado, também há poucas vantagens…
Ao pular de segunda para quarta, por exemplo, há que se ter a preocupação de atingir uma velocidade em segunda coerente com a aplicação da quarta marcha, ou seja, há que se “esticar” a segunda marcha para chegar em velocidade compatível com o uso da quarta, sem passar pela terceira. O motorista deverá ter um pouco de cuidado com a embreagem, para evitar desgaste excessivo. Tomando estes cuidados, não haverá danos. Esta não é uma prática muito comum, mas alguns motoristas, por preguiça, a adotam.
Na hora de reduzir as marchas, a prática é mais comum.
Por exemplo: você está dirigindo numa via rápida, em quinta, e vai fazer uma conversão para entrar numa rua secundária. É comum reduzir direto da quinta para a segunda e contornar a esquina. Este procedimento também não causa qualquer dano ao câmbio, desde que a marcha escolhida seja compatível com a velocidade que vai ser usada para virar na esquina.