A leitora Gabriela me escreveu:

“Considerando um Ford Ecosport 2015 e um VW Voyage 2012, ambos flex, qual tipo de combustível resulta em maior percepção de potência do carro etanol ou gasolina? A variação mais fácil de ser percebida é mesmo a financeira? O etanol “limpa” o motor?”

Gabriela, nenhum dos dois motores em questão é exemplo de otimização e de engenharia automotiva atualizada.

A regra a seguir vale em 99% dos casos e inclusive neste: motores flex queimando etanol tem melhor performance do que queimando gasolina. Entretanto, perceber a diferença entre os dois não é fácil. Num teste às cegas (sem saber qual combustível estava no tanque), dirigindo nas ruas, poucos seriam capazes de reconhecer o que estavam queimando. Objetivamente, a diferença é muito pequena.

Como já disse em alguns posts que tocaram neste tema, motores flex não são otimizados nem para o etanol nem para a gasolina. Eles têm uma banda larga de mapeamento e uma taxa de compressão que os faz capaz de queimar de gasolina com 10% de etanol até etanol sem gasolina.

De fato, a coisa mais sensível neste caso é o bolso. Vale fazer as contas. Aqui no BLOG explico como fazer certinho, para atender ao caso particular de cada um.

Etanol “suja” o motor. Os resíduos do álcool são bem maiores que os da gasolina. Depósitos se formam mais rápido (borras) e o ataque corrosivo às partes sensíveis é bem maior. Etanol é bem melhor para o meio ambiente (o foot print é bem menor que o da gasolina).