O pequeno hatch da Hyundai, fabricado no Brasil, é uma surpresa agradável. O design arrojado, característico da identidade visual da marca, é acompanhado do ótimo padrão construtivo da careceria e do bom acabamento interno.
O espaço interno é generoso para a categoria, principalmente quem viaja na frente, o para-brisa bem inclinado oferece sensação de amplidão no interior. Largas portas e janelas sem colunas complementam a ambientação de forma positiva. O aparelho de som original tem desenho arrojado e painel de LCD de fundo azul, é equipado com bluetooth, mas a qualidade sonora não passa do razoável (ainda assim, é um avanço com relação aos concorrentes diretos).
O painel segue a linha estética da carroceria, é arrojado, funcional e bonito. Já o tecido do centro dos bancos é de de gosto duvidoso e destoante do alto padrão de acabamento do resto do carro. O computador de bordo tem múltiplas e boas funções, sendo seu uso fácil.
Aos desavisados, vale lembrar, partida só com pé na embreagem. O desempenho do 1.0 é surpreendente, mais disposto que o motor 1.4 da Fiat, montado num Palio.
O baixo nível de ruído interno é outro destaque, mesmo comparado com carros de categorias superiores. O temporizador para o limpador de para-brisa é bastante conveniente e adotado em carros de categorias superiores (o Fiat 500 Sport que custa R$ 60 mil não tem).
Os comandos do rádio estão presentes no volante. O computador é comandado por um botão colocado no painel, em posição desconfortável. Os retrovisores não são elétricos, são comandados por alavancas nas portas. Os vidros tem acionamento elétrico nas 4 portas.
A caixa de cinco marchas tem escalonamento perfeito, mas engates imprecisos, requerendo atenção para mudanças rápidas. A relação bem curta até a terceira, aproveita bem a força do 3 cilindros. A 110 km/h o motor está a 3500 rpm, menos que a maioria dos 1.0 (normalmente já beirando os 4000 rpm). Acima de 2000 rpm o motorzinho responde rápido e o hatch ganha velocidade sem esforço.
Pontos fortes: desempenho, desenho, espaço interno, acabamento, preço, cinco anos de garantia e equipamentos de série.
Pontos fracos: rede de concessionárias limitadas, revisões a cada seis meses e tecido dos bancos.