O Jeep agora já passou dos 31 mil km rodados, e fiz outro test-drive. O Renegade ainda está sólido e sem ruídos. A suspensão é firme e não dá muita bola para a buraqueira do Rio de Janeiro. O “queridinho” do mercado brasileiro, continua mostrando a razão de ser de sua fama e a sua posição no mercado.
O Renegade manteve a boa dinâmica, não balança de lado nas curvas, o que o torna próximo do comportamento de um sedã.
Nesta versão Sport 4×2, o motor 1.8 de origem FIAT, responde bem, não é um atleta, mas é ajudado pelo câmbio automático de seis marchas. O sistema start-stop funciona bem e favorece ao consumo relativamente baixo (para o porte do carro). Para os saudosos do Mitsubishi TR4 (fora de linha), que adotarem o Renegade, vão se surpreender com o baixo consumo. O ajuste é para o etanol, com este combustível a a média urbana fica acima de 7 km/l, melhorando para 8 km/l se abastecer com gasolina, o que torna o álcool a opção mais econômica.
O acabamento interno, que é muito bom, resistiu bem aos dois anos de uso. Como já havia percebido, me surpreendi com o silêncio a bordo (mais uma vez, no padrão dos sedãs).
Também como já tinha observado, o espaço interno é ótimo para quatro, mas o quinto passageiro, que viaje no meio do banco de trás, não se sentirá no sofá de casa…O computador de bordo tem boas funcionalidades, incluindo um conveniente sensor de posição traseiro e monitor de pressão dos pneus.
A carroceria é muito bem estampada e transmite robustez. O porta-malas decepciona, é pequeno para o tamanho e proposta do carro. Um volume grande para bagagem seria ganho com a adoção de um estepe fino, só para as emergências.
O pacote de acessórios desta versão Sport (a de entrada em 2017 para o grande público) é bem grande e supera os concorrentes diretos.
Mimos eletro-eletrônicos, como o farol de neblina que acende de um lado quando você está manobrando o carro devagar, estão por todo o carro. No “conjunto da obra” o Renegade continua me agradando muito. Não gosto muito dos retrovisores externos de superfície dupla, mas eles estão presentes em quase qualquer carro do mercado americano.
Ao longo destes dois anos, poucos problemas apareceram no Renegade, mas desde o começo não gostamos do atendimento da concessionária AGO na Barra. Ela não soube resolver um barulho aparentemente na suspensão. Precisamos mudar de concessionária para o problema ser resolvido, com a troca de um batente. Depois, apareceu um alerta no painel, que era um problema intermitente, eles também não souberam resolver. Na Azurra de Botafogo identificaram que ao instalar os bancos de couro na AGO haviam deixado um conector mal encaixado. Simples.
A FCA, se não tratar de suas concessionárias, abalará negativamente a imagem da JEEP.