Meu amigo EDJ me fez este pedido, ele quer trocar seu ótimo Corolla 2013, automático, por “um carro melhor”, na faixa entre R$ 80 e 100 mil. Qual escolher?
Para quem me conhece e já leu meus posts sobre o Corolla aqui no BLOG, sabe que o considero um ótimo carro que eu não teria. Esclareço, acho o Corolla um ótimo carro, mas chato de guiar.
Quando o EDJ comprou o dele, disse a ele que o carro não combinava com uma pessoa que gosta de carros e de dirigir. Para quem gosta de aventura e tem prazer em dirigir, o Corolla é o carro errado.
Fiquei contente que ele tenha me consultado agora, espero poder ajudar. Na faixa de preço estabelecida cabem muitas opções de carros divertidos, novos e usados. Vou sugerir algumas, neste post apenas os 0 km:
Na linha dos SUVs e Crossovers, as opções mais interessantes seriam o campeão de vendas Honda HRV 1.8, o revitalizado Chevrolet Tracker 1.4 turbo e o super aventureiro Jeep Renegade 2.0 4×4 Diesel.
Entre os sedãs as opções seriam: o novo Honda Civic (um tanto “Jaspion” para meu gosto…) e o prestigiado Audi A3 1.4 turbo.
Se a preferência por por hatchs, os mais interessantes seriam: o campeão de charme Mini Cooper 1.5 turbo, o confiável e econômico Golf 1.4 turbo, o moderno Chevrolet Cruze Sport6 1.4 turbo e o explosivo Renault Sandero 2.0 RS (manual).
Vou descrever alguns detalhes de cada um:
Honda HRV 1.8
O desenho marcante, a mecânica confiável e a ótima aceitação no mercado, são os trunfos do HRV. Feito para o asfalto, ele não se presta a aventuras fora de estrada, mas o porta-malas permite bom volume de bagagens. É possível encontrar HRVs manuais por menos de R$ 80 mil e automáticos abaixo dos R$ 90 mil.
Chevrolet Tracker 1.4 turbo, automático
O desenho remodelado deu ar agradável ao Tracker, que agora conta com um moderno e econômico motor 1.4 turbo. Menos espaçoso que o HRV, ele também não tem pretensões offsroad. É um aventureiro do asfalto. É possível encontrar modelos na faixa de R$ 80 mil (baixos).
Jeep Renegade 2.0 diesel 4×4
O queridinho do mercado encontra na versão diesel 4×4 sua natureza de projeto, um verdadeiro offroad, mas que roda confortavelmente no asfalto (veja a minha avaliação recente do flex 4×2). Com porta malas pequeno, ele será um grande parceiro para as trilhas fora de estrada e vai surpreender os “playboys” nos sinais. O motor rende bem e o câmbio de sete marchas ajuda a transformar este verdadeiro offroad em um veículo bem dinâmico e agradável na cidade. Esta opção está no topo da faixa do EDJ, por cerca de R$ 100 mil.
Honda Civic
O novo Honda Civic tem carroceria completamente nova. O design, como disse, é um tanto “Jaspion” para mim, mas certamente não tem mais ar de sedã familiar, agora está agressivo e marcante. Quem já dirigiu (eu ainda não), diz que é o melhor de todos os Civics, o que é promissor.
O motor 2.0 não chega a ser novidade, mas dá conta do recado. As versões manuais começam em R$ 81 mil e as automáticas estão acima de R$ 95 mil. A empolgante versão 1.5 turbo tem preços muito fora da faixa do EDJ.
Audi A3 1.4 turbo
Este sedã fabricado no Brasil é quase igual ao produzido e comercializado na Europa, nesta frase estão embutidas duas qualidades, menor custo de manutenção e alto padrão de qualidade. O desenho limpo e clássico são trunfos importantes, os Audis são quase atemporais, o que garante boa revenda no futuro. O câmbio de dupla embreagem e o moderno motor tem as incertezas e as qualidades encontradas nos seus “primos” da VW, mas a rede de concessionárias mais competente compensa as incertezas do câmbio. Acabamento de alto nível, prestígio e economia de combustível são outras qualidades deste sedã discreto, mas marcante. Ele pode ser encontrado por R$ 100 mil na sua versão de entrada.
Mini Cooper 1.5 turbo, automático
Com um pouco de paciência e negociação é possível achar modelos de três portas 2015/2016 0 km por cerca de R$ 100 mil. Campeão de charme, com ótima mecânica, acabamento de alto nível, desempenho campeão, ele tem a desvantagem de ter maior depreciação, baixa liquidez e manutenção cara. É a compra da emoção, não da razão.
VW Golf 1.4 turbo
Este hatch não é campeão de vendas em todo o mundo por acaso, ele reúne praticidade, com acabamento, boa performance e economia de combustível. O câmbio DSG tem as já conhecidas incertezas sobre sua confiabilidade, mas na maioria dos carros funciona bem e nestes casos tem dinâmica muito boa. Projetado e construído na escola alemã, ele oferece muito prazer ao motorista, mas sem frescuras. Pode ser encontrado por R$ 90 mil.
Chevrolet Cruze Sport6 1.4 turbo
O belo Cruze Sport não passa desapercebido em qualquer lugar que vá. O desenho é marcante e agressivo, mas harmônico. O acabamento é muito bom, com muita eletrônica embarcada, o que, aliado ao moderno motor turbo 1.4 turbo, faz deste hatch uma opção para quem gosta de dirigir. Na versão LT pode ser encontrado no entrono de R$ 90 mil.
Renault Sandero 2.0 RS
A família RS da Renault desembarcou pela primeira vez no Brasil com o Sandero. A divisão de competição da marca faz carros famosos, todos voltados para a performance. O Sandero RS não é exceção à regra. A carroceria moderna e leve, o câmbio manual de seis marchas e o potente e “torcudo” motor 2.0, transformam o familiar Sandero em um furioso RS! Puro prazer! O padrão de acabamento não é igual ao dos concorrentes mais caprichados citados neste post, mas a aparência agrada e a performance compensa. Outra vantagem é o preço, no entorno R$ 65 mil para a versão 2017, abaixo do piso da faixa do EDJ. A Renault organiza “track days” exclusivos para os donos de Sanderos RS. Na cidade do Rio de Janeiro, por falta de autódromo, não há este momento de prazer…