Leitores reclamaram que eu esqueci do Toyota Etios (agora com câmbio automático) e do Honda City (agora com câmbio CVT). Falha minha. Esqueci mesmo.
Vou comentar primeiro o Etios, ele tem motor 1.5 e um anacrônico câmbio de quatro marchas. Segue a filosofia japonesa para carros “populares”, ou seja, absolutamente espartano. Não tenho qualquer experiência com este carro, mas alguns usuários que são donos de versões manuais acham o carro sem graça. Serve para quem precisa de um meio de transporte confiável e não tem prazer de dirigir. O preço no Rio sai pelos mesmos R$ 52 mil da primeira opção do Paulo (post anterior). Ele tem garantia de 3 anos e razoável rede de assistência técnica. A marca Toyota, amada no Brasil pela fama do Corollas e do RAV-4, enfrenta alguma rejeição por conta do Etios (design e acabamento são os pontos fracos).
Já o Honda City foge muito da faixa de preço inicial. Ele custa R$ 70 mil na espartana (mas bem acabada) versão de entrada (a DX), com motor 1.5 e câmbio CVT (veja os posts neste blog sobre este tipo de câmbio). Para quem gosta da marca, e não quer fugir tanto do preço, é possível encontrar em lojas independentes carros 2015-2016 por “meros” R$ 65 mil. Apesar eu gostar da marca, não acho que o City tenha tanta diferença assim das outras opções para custar tão mais caro. Vale lembrar que ele tem garantia de 3 anos e razoável rede de assistência técnica. Dará maior prazer de dirigir que o Etios, pois tem direção bem direta, suspensão bem durinha e motor que responde muito bem, além de ser muito econômico. O mercado oferece bom valor de revenda pelos Hondas bem cuidados.
Bom, antes que alguém reclame, também esqueci de outra opção na mesma categoria, o VW Voyage. Ele custa R$ 53 mil na versão Comfortline, com câmbio automatizado de cinco marchas e o antigo (mas confiável) motor 1.6 flex. Ele é simples, mas bem acabado. No blog antigo eu avaliei um GOL Geração V com o mesmo motor. Rendia bem e era agradável de dirigir. O Voyage deve ser parecido. Não conheço ninguém que tenha um com este câmbio automatizado, mas ele conta com a interessante função de trocas de marcha manual (Tiptronic). Ele seria uma aposta bastante conservadora, afinal, o mercado de usados adora os VW, mesmo o Voyage, que vendo muito pouco. A enorme rede de concessionárias é outro ponto positivo. O design não compromete. Espaço interno e porta-malas estão na média da categoria.