Meu amigo Paulo está pensando em trocar o Grand Siena da esposa por um Hyundai HB20S automático, 0km. Ele quer saber se há outra opção melhor. Vamos por partes.

O HB20S tem um desenho interessante e moderno, bom acabamento, bom espaço interno, motor 1.6 flex, um moderno câmbio automático de seis marchas. Bom espaço também no porta-malas. A versão 2016 pode ser encontrada no Rio de Janeiro por cerca de R$ 52 mil. A garantia de fábrica é de cinco anos.

Para comparar com estre HB20S podem ser lembrados alguns concorrentes, todos sedãs e saindo das opções da FIAT, conforme critério dele.

Na mesma faixa de preço (R$ 51 mil) pode ser comprado no Rio o Chevrolet Prisma LTZ, que tem um simpático painel digital, motor flex 1.4 bastante confiável, mas de desempenho inferior ao HB20S, ótimo câmbio automático de seis marchas, bom espaço interno, porta-malas maior que o Hyundai e conta com enorme rede de concessionárias e garantia de três anos. Para o meu gosto, perde no design.

Na faixa de preço um pouco acima (R$ 58 mil) ainda pode ser comprado no Rio o confortável e esquisitão Chevrolet Cobalt LTZ na versão 2015 (acabou de mudar e ficar bem mais bonito), que tem um simpático painel digital, motor flex 1.8 bastante confiável, consumo elevado, bom desempenho, ótimo câmbio automático de seis marchas, ótimo espaço interno, porta-malas bem maior que o Hyundai e também conta com enorme rede de concessionárias e garantia de três anos. Para o meu gosto, perde muito no design.

Voltando para a faixa de preço do HB20$, um forte competidor é o Renault Logan. Ele pode ser encontrado no Rio por R$ 50 mil. Tem melhor espaço interno que o HB20$, melhor porta-malas, um ótimo e confiável motor 1.6 flex, suspensão e carroceria bem adaptadas às estadas brasileiras, acabamento interno razoável, boa rede de concessionárias, manutenção barata e garantia de fábrica de três anos. O ponto fraco é o câmbio, que é automatizado e não automático. Não há relatos de falhas deste sistema (é o ótimo câmbio manual da Renault com um sistema de automação eletro-mecânico acoplado), mas os fracassos da Chevrolet, Ford e VW neste tipo de câmbio contaminaram a credibilidade deles no mercado (apesar dos espetaculares câmbios automatizados da Audi, Ferrari, etc).

Já que falei na Ford, não posso deixar de citar o Fiesta Sedã 1.6 16V flex, automatizado de seis marchas e dupla embreagem (na teoria o que há de melhor…). Ele está na mesma categoria do HB20S, pelo tamanho, mas se encaixa na faixa de preço um pouco acima (R$ 60 mil). É um carro ótimo de dirigir (veja a avaliação neste BLOG, feita com a versão hatch em Maio|2015), mas eu não recomendaria a compra dele. Além de mais caro que o HB20S, ele conta com fartos relatos de problemas no câmbio automatizado. Por outro lado, ele tem elástico motor flex 1.6, consumo bem baixo, ótimo desempenho e também conta com boa rede de concessionárias e garantia de três anos. Já o espaço interno é apertado (para quem vai atrás) e o porta-malas é similar ao do Hyundai. Uma pena, pois de todos é o mais empolgante de dirigir.

Para concluir, minha escolha recairia entre o HB20S e o Logan. Como sempre, esta é uma decisão muito pessoal e recomendo que o Paulo e a esposa façam test-drives com todas as alternativas antes de decidir.

Para terminar e colocar uma pulga atrás da orelha do Paulo, vou sugerir que ele olhe o monovolume Honda Fit 1.5 DX. O Fit não é um best-seller desde seu lançamento em 2003 por acaso. Sólido, confiável, incrivelmente econômico e gostoso de dirigir, é uma opção para a família. É pratico na cidade (mais curto que os sedãs), mais versátil para levar cargas (bancos se rebatem em diversas configurações) e conta também com três anos de garantia razoável rede de assistência técnica.