Usei este pequeno hatch da Ford no Texas. Ele também é fabricado no Brasil, e é uma surpresa para quem está ao volante. Já tinha andado em um como carona. Não tinha gostado. Para quem o dirige (os que têm prazer em dirigir) ele é uma ótima surpresa.

O design ainda diferenciado, característico da identidade visual da marca, é acompanhado pelo ótimo padrão construtivo da carroceria e do bom acabamento interno.

O espaço interno é limitado, mesmo para a categoria, mas atende a quem viaja na frente. Quem vai no banco traseiro vai sofrer, mesmo com ocupantes de menos de 1,80 metros nos bancos dianteiros. Já o para-brisa bem inclinado oferece sensação de amplidão no interior.

O aparelho de som original tem desenho arrojado e painel de LCD de fundo azul, é equipado com bluetooth. A qualidade sonora está acima dos rivais diretos brasileiros. O painel segue a linha estética da carroceria, é arrojado, funcional e bonito. Destaque para a iluminação indireta em led, presente em vários pontos do interior do carro, cuja cor pode ser mudada. Um charme só presente em carros bem mais caros (como os Mini, por exemplo).

O tecido dos bancos é de bom gosto, agradável ao toque e coerente com o bom padrão de acabamento do resto do carro. O computador de bordo tem múltiplas e boas funções, sendo seu uso fácil.

O destaque está no conjunto motor/câmbio. O motor 1.6, de 16 válvulas é elástico, combina perfeitamente com o câmbio automatizado de seis marchas e dupla embreagem. O resultado…acelerações vigorosas e trocas de marcha imediatas. Funcionamento perfeito no modo automático. A opção Sport do câmbio torna o carro ainda mais divertido, permitindo que o giro passe dos 5.000 rpm a cada troca. Aos desavisados vizinhos num sinal, o Fiesta os deixará para traz sem esforço.

O conjunto é tão divertido de dirigir quanto um 500 Sport, com motor 1.4 Multi-Air, mas ainda mais rápido. Para não se decepcionar, esqueça o modo manual de troca de marchas (já comentei mal desenhado botão de trocas numa avaliação do Focus americano), mas neste caso ainda há a indecisão do sistema, que sabe pensar e agir sozinho, mas reluta sob o comando do motorista. Neste caso, o carro fica bobo e não atende à expectativa de ser conduzido de forma esportiva.

O nível de ruído interno não é dos mais baixos, mas não incomoda. O motor quando instigado emite um ronco agradável. Os comandos do rádio estão presentes no volante. O computador de bordo idem. Os retrovisores são elétricos e os vidros tem acionamento elétrico nas 4 portas. Há repetidores de seta em led nos retrovisores. O porta-malas é pequeno, mas comparável aos concorrentes diretos.

Nos EUA ele custa cerca de US$ 15 mil, pouco menos do que custa no Brasil. Uma boa opção para quem não precisa de espaço.

Pontos fortes: desempenho, desenho, economia de combustível, acabamento, preço e equipamentos de série.

Pontos fracos: espaço interno reduzido no banco traseiro e sistema manual de troca de marchas.