Dúvidas sobre sistemas de injeção

O leitor Romário me pediu para comentar os diferentes sistemas de injeção existentes. Tentando ser o mais breve possível, sem mergulhar em questões técnicas, segue abaixo um resumo dos principais:

Injeção monoponto: neste sistema apenas um injetor funciona liberando combustível no centro do coletor de admissão, numa arquitetura parecida com a adotada nos motores carburados (com um carburador). A injeção é feita no ponto central e o cilindro que está com a válvula de admissão aberta “suga” o fluxo da mistura ar/combustível.

 

Injeção multiponto: MPFI (Multi Point Fuel Injection) o sistema com ta com um injetor para cada cilindro e cada qual libera combustível no coletor de admissão, numa área contígua à válvula de admissão de cada cilindro. A injeção sendo feita mais próxima ao cilindro é mais precisa, gerando menos perdas e mais eficiência do motor.

 

Injeção contínua: é um sistema antigo de injeção, cujo principal fabricante foi a Bosch. Alguns carros da Mercedes Benz do final da década de 50 contavam com este sistema. Muito caro e de manutenção difícil, não se popularizou. Se assemelhava bastante aos sistemas de injeção mecânica dos motores diesel, onde o manifold de injeção (tubos que ligam a bomba injetora até os bicos injetores) estavam sempre pressurizados, sendo as injeções por cilindros sincronizadas mecanicamente.

 

Injeção sequencial: é uma evolução da injeção MPFI. Nestes sistemas o circuito de injeção é individualizado para cada cilindro. Gerando maior precisão nas injeções e, portanto, aumento de eficiência do motor. Respostas mais rápidas ao acelerador também são esperadas, já que o sistema pode se ajustar dentro de um ciclo do motor e não precisa esperar que um ciclo (2 voltas nos motores 4 tempos) se complete para alterar os parâmetros de injeção.

 

Injeção direta: é uma evolução da sequencial. Neste sistema os injetores são colocados dentro da câmara de combustão, reduzindo perdas e otimizando o processo de pulverização do combustível, o que melhora a queima e evitando pré-detonação em condições severas. O resultado são motores mais eficientes, menos poluentes e mais potentes.