Toyota Corolla LE 2021/22, automático CVT, gasolina.

Aluguei nos EUA este Corolla 2022 americano, na categoria dos compactos da locadora, esta não foi uma escolha minha, mas os Corollas eram as 2 únicas opções na categoria que reservei. O carro já estava com mais de 34 mil milhas rodadas, ou seja, estava com cerca de 55 mil km rodados e, seu estado geral era bastante sólido (suspensão firme e motor/câmbio como funcionamento normal, sem ruídos anormais).

Fiquei impressionado pela simplicidade espartana deste Toyota. Também me surpreendeu a pouca altura do carro, que, pelo menos no Brasil, tem público certo na terceira idade (como diz minha mulher…”carro de idoso”, e o faz com propriedade, já que ambos passamos dos 60). O banco fica perto do solo e é difícil entrar e sair. O espaço interno, na frente e atrás é muito bom para a categoria. O porta-malas é bem espaçoso e tem fácil acesso.

O motor 2.0 de 169 HP parece adormecido, as respostas ao acelerador são lentas, custando para o sedã embalar. Não há trocas manuais no CVT, ficando o motorias à mercê das vontades do conjunto motor/câmbio, o que leva à uma confortável mas sonolenta experiência de dirigir. É carro para ser usado como meio de transporte, seguro e confiável, mas não por aqueles que têm prazer em dirigir. Estes acharão o Corolla um “boring car”.

Vale a comparação: gostei mais das respostas do conjunto motor/cambio CVT do Corolla Cross que dirigi por algumas semanas aqui no Brasil.

O painel de instrumentos é simples, na linha do mínimo necessário, mas os materiais empregados nos acabamentos são de boa qualidade, as rodas de aço com calotas bem desenhadas disfarçam a solução econômica. A carroceria tem construção primorosa, com encaixes finos e precisos.

O sistema multi-media tem grande tela central, fixa, destacada do painel, o que é uma solução estética que não me agrada, mas parece ser unanimidade na indústria automobilística (provavelmente pela questão de custos). O emparelhamento com meu celular com Android não foi trivial, nada intuitivo e requereu muita paciência.

O lado bom, o Corolla é bem econômico, no percurso trânsito muito pesado de New York e no leve e rápido das estradas de New Jersey, ele fez 14,7 km/l, ajudado bela baixa temperatura externa, que limitou a entrada do compressor do ar condicionado (estavamos sempre abaixo de sete graus centígrados positivos).

O sistema de detecção de potenciais colisões frontais emite alerta sonoro e visual no painel e, caso o motorista não tome qualquer ação, aciona autonomamente o sistema de freios, até imobilizar o carro, evitando o iminente acidente. É muito bom!

O ar condicionado tem controle de temperatura digital, mas não separação lateral. Também não há trocas manuais de marchas, nem na alavanca de câmbio, tampouco no volante.

Em resumo, a versão LE do Corolla foi feita para locadoras, empresas e pessoas que querem comprar um carro barato (nos EUA), econômico, seguro, confiável e sem graça.

Não compraria um, ainda que reconheça as muitas qualidades do carro.