Aluguei em Brasília um Virtus, com 36 mil km rodados. Desde os primeiros kms, me chamaram a atenção a robustez da carroceria, a integridade dos acabamentos e a solidez da suspensão. Usado por diversos motoristas, o Virtus não se abalou com os poucos cuidados que os usuários variados acabaram dispensando ao carro. O visual externo é bem atual e elegante.
Os materiais são de boa qualidade, são bem moldados e montados, mas não transparecem qualquer luxo, a aparência é espartana. Para um carro que é vendido 0 km por mais de R$ 90.000,00, esperava algo menos franciscano.
O espaço interno é bom, com destaque para quem viaja no banco traseiro, o multimidia é razoável, com comandos não intuitivos, alguns no volante. O suporte para celular no meio do painel é muito funcional, mas é um apêndice horrivel do ponto de vista estético.
Não há cruise-control, o que é chato para quem faz viagens longas em boas estradas. Aliás, este não é um carro para quem gosta de dirigir, o motor é sonolento e demora a reagir, com a mesma aptidão do câmbio de seis marchas que precisa ser acordado com forte kick-down ou levando a alavanca de câmbio para a posição manual. Verdade seja dita, as trocas normais, no uso diário, são muito suaves.
Dois pontos são bem convenientes: o indicador de qual marcha o carro está rodando (mesmo selecionando o Drive) e o repetidor na parte interna do retrovisor, que ajuda ao motorista a lembrar que o pisca ficou ligado).
O grande espaço interno e no porta-malas, a qualidade dos materiais, a confiabilidade do velho 1.6 e a sonolência do power-train deixam este Virtus 1.6 um como uma boa opção para frotistas e locadoras. Imagino que os TSIs (1.0 ou 1.4) sejam bem mais animados de dirigir. Como rodei um pouco menos de 100 km, não tenho precisão para avaliar o consumo, mas o ponteiro de combustível se moveu rápido…
Confira as fotos:

