JEEP Renegade 2020, Longitude 1.8 flex, automático, 6 marchas, chega aos 10.000 km.

Meu Renegade (alugado em contrato de longo prazo) chegou aos 10.000 km sem maiores problemas ou modificações da minha opinião sobre o carro, externada aqui em alguns posts onde o Renegade é a referência.

Farei neste post um apanhado, sobre aquilo que considero relevante para um potencial futuro proprietário saber, sem precisar se basear na vivência curta dos testes publicados em sites especializados.

Aos 7.400 km o Renegade foi para a revisão de um ano. Usei a facilidade do meu contrato de locação e um motorista veio pegar o carro, anotou os dois problemas de ruidos, levou para a concessionária mais próxima (em Botafogo no Rio de Janeiro) e o trouxe de volta.

Os ruídos no banco do passageiro (onde há um porta-objetos) e nos coxins superiores dos amortecedores dianteiros (situação recorrente em carros da FCA), foram ignorados. O carro continuou com eles depois da revisão.

Notei uma elevação de consumo, rodando com gasolina comum no mesmo tipo de trajeto que já publiquei post aqui como referência. Vou dedicar outro post a este tema em seguida.

No uso mais prolongado do carro, observei alguns inconvenientes. Dois são sobre a visibilidade do ponto de vista do motorista. Por estar atrás da vigia da porta dianteira, o espelho retrovisor do lado direito é frequentemente encoberto pelo passageiro, dificultando a visão do que acontece daquele lado do Jeep. Por ter o parabrisa bem mais próximo da vertical que a maioria dos carros mais modernos, o Renegade oferece um grande campo cego do lado esquerdo do carro, criado pela larga coluna A, dificultando curvas apertadas à esquerda.

Como efeito colateral positivo, as largas colunas A, B e C conferem incomum rigidez torcional à carroceria (a mesma usada desde o urbano modelo de entrada até o “casca grossa” Trail Hawk 4×4 diesel).

As fivelas dos cintos de segurança dianteiros ficam sob o console e dificultam o encaixe e a liberação, nada de muito sério, mas um problema de ergometria que a FCA deveria ter se preocupado.

O consumo de combustível é alto, mas a FCA deve melhorar esta característica na linha 2022, com a adoção de 2 motores turbo-flex, bem mais moderno que o atual derivado da FIAT, 1.8 aspirado.

No meu uso diário, predominantemente urbano, os ocupantes da dianteira têm convívio adequado. Os da traseira, se forem dois, viajam confortavelmente, já um terceiro, no centro, ficará um pouco desconfortável, apesar do conveniente cinto de 3 pontos e piso plano. O teto alto e a largura do Renegade oferecem um bom volume útil para a cabine, passando a sensação de espaço interno.

Os materiais são de boa qualidade, os encaixes corretos e o sistema multi-midia tem som de alta fidelidade. A direção elétrica continua precisa, e é fácil achar a posição ideal, com regulagem de altura e profundidade. Não há folgas na suspensão, apesar do péssimo calçamento das ruas do Rio.

Quanto ao contrato de locação, farei outro post tratando do tema, cujo cenário mudou bastante no Brasil desde que assinei o meu no final de 2019.

Continuo muito satisfeito com o Renegade.