Test-drive com a Ford Ranger XLS 2020, diesel, automática, 4×4.

Meu rápido contato com a Ranger 2020 me impressionou positivamente. A picape “grande” para os padrôes brasileiros, deixou para trás as reações de “caminhão”. Tem direção elétrica precisa e bastante direta. A suspensão é firme, mas o início do curso deixa os passageiros isolados das irregularidades do piso. Os enormes pneus 265 65 17 ajudam no trabalho e conferem dirigibilidade de automóvel ao utilitário.

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O motor 2.2 turbinado tem o torque característico dos motores diesel, sobra força para movimentar as quase duas toneladas. As acelerações são rápidas, o câmbio de 6 marchas automático é um pouco lento, mas preciso e compatível com a proposta da Ranger.

Ainda com menos de 1.000 km rodados, o motor amaciando, e rodando no transito pesado do Rio de Janeiro, a Ranger marcava a média impressionante de mais de 8,1 km/l no computador de bordo ! Tende ainda a ficar mais econômica com o tempo de uso.

O interior é espaçoso, elegante e bem acabado. Com painel completo e multimidia igual à do Mustang GT que aluguei em 2018 nos EUA, tem som de boa qualidade e há conectividade fácil com celulares com sistemas IOS ou Android. Dá para espelhar os GPS do celular na tela, via cabo USB (são 3 entradas disponíveis).

Para uma versão de “entrada” da versão 4×4, esta Ranger apresenta bom nível de equipamentos de conforto e segurança. Sete air-bags, controle de tração e estabilidade, assistente de descida em offroad, acionamentos da reduzida e tração eletrônicos, diferencial traseiro com bloqueio automático e manual, câmera de ré e sensores de posição, etc

A caçamba é espaçosa, com mais de 140 centímetros de comprimento e boa profundidade. A tampa tem tranca elétrica e é bastante leve e fácil de abrir e fechar. Falta uma cobertura, mas esta é uma solução fácil de se encontrar no mercado. Há muitas opções.

Um ponto a destacar é a garantia de 5 anos, a única no segmento. Gostei da picape e creio que as concorrentes diretas (S-10, Frontier, L-200, Hilux), que também têm muitas qualidades, acabam perdendo no comparativo do “conjunto da obra”.