Jeep Compass 2014, 2.0, CVT chega aos 5.000 km

Já publiquei neste minhas primeiras impressões sobre o Jeep Compass 2014 e também fiz um comparativo, entre ele e o Suzuki Grand Vitara. Agora, completados 5.000 km rodados, está na hora de uma avaliação mais completa.

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O silêncio a bordo continua me agradando. O para-brisa adotado nesta versão 2014 isola surpreendentemente os ruídos externos e do motor.

O acabamento é ótimo, com materiais agradáveis, de boa qualidade e aparência agradável, montados com encaixes perfeitos. Pequenos detalhes cromados dão ar sofisticado ao interior. A iluminação nos porta-copos são um detalhe funcional e charmoso. O tecido dos bancos é agradável ao toque. A qualidade do som é ótima, com alto-falantes grandes de alta performance. O sistema tem DVD, mas não tem tela nesta versão, mas é possível comprar telas para o encosto dos bancos de cabeça dos dianteiros. A luz de teto do porta-malas é, na realidade, uma lanterna de LED destacável. É bastante prática e pode ajudar muito numa troca de pneus à noite.

O câmbio CVT surpreende, faz o carro pular no sinal, com uma relação muito curta e resposta rápida ao acelerador. Por outro lado, andando a 100 km/h o motor gira a apenas 2000 rpm (uma relação bastante longa e conveniente para rodar em estradas). As seis marchas pré-determinadas podem ser trocadas de forma manual e muito rapidamente. O casamento do motor e do câmbio são bastante bons, melhor que o conjunto do Cherokee 2012 que fiz um “test-drive” e tinha motor V6 e câmbio automático de quatro marchas.

Subindo uma serra, dá para rodar no automático, mas a opção de trocas manuais deixa a subida bem mais agradável.

A suspensão é dura, mas não é desconfortável. O carro faz curvas com mais desenvoltura que a maioria dos sedans à venda no Brasil. Nada de tombar a carroceria. O comportamento é bem mais interessante do que de outros SUVs e Crossovers disponíveis no mercado.

O desenho da carroceria é marcante e imponente, aparentando ser maior do realmente é. Tem um “que” de “Blade Runner”, com pára-lamas proeminentes e grandes folgas entre peças.

Rodas de 18″ pintadas de preto compõem bem o visual “durão”. O desenho da dianteira remete às frentes dos Cherokees (queridinhos do mercado brasileiro). A pintura perolizada é muito bem feita. O porta-malas é espaçoso e coberto por cortina horizontal. O acesso é fácil pela porta que se abre para cima. O estepe (de 17″) fica por baixo.

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O Compass ainda está sendo vendido no Brasil, na Europa e nos EUA, mas não será mais produzido em 2015. A chegada do pequeno Jeep Renegade desmobilizou a produção.

Pontos fortes:

– Relação custo-benefício, preço de revenda, acabamento, status, espaço interno, desempenho, silêncio a bordo, câmbio CVT.

Pontos fracos:

– o porta-copos duplo no final do console central invade a área dos pés dos passageiros do banco traseiro.

– a luz do porta-luvas é fraquíssima, é um sinalizador da porta USB e só ilumina mesmo na escuridão total.

– a porta USB é mal posicionada;

– as rodas 18” pintadas de preto não agradam a todos (as mulheres odeiam…).

– a aparência das maçanetas externas das portas traseiras (instaladas altura da coluna C) denotam baixa qualidade (espero que não o sejam).

– o sistema de reconhecimento de voz (que controla o som e a conexão do celular) é precário (eles deveriam aprender com a FIAT, empresa do mesmo grupo, que tem um sistema excelente instalado em seus simpáticos 500).

– computador de bordo com poucas funções.