Km inicial do teste – 10.150 km
Km rodados – mais de 120 km
Local do teste – Brasília, Jun./2014
Cenário de teste – cidade e vias expressas
Na direção – A direção (com assistência hidráulica) é leve e direta, permitindo manobras rápidas e precisas. Transmite pouco as irregularidades do solo. A posição de dirigir é boa, bastante elevada, mas sem regulagem de altura do banco do motorista e da coluna. O rodar não é muito macio, mas coerente com a proposta de carro, um “popular altinho”.
O acerto entre motor, relação da primeira marcha e embreagem, permite que o Uno arranque seguro e forte emladeiras bem íngremes, fato incomum nos demais 1.0. Um carro mineiro pensado para as ladeiras de BH.
Do motor e câmbio – O quatro cilindros, de um litro, é muito bem acertado, silencioso e estável, “empurra” bem o Uno. Está bem casado com o câmbio e ambos são ajudados pelo baixo peso do carro. O câmbio de cinco marchas, bem escalonado, ajuda a tirar o máximo do motor flex, mas requer experiência para usá-lo bem, pois os engates não são precisos. Neste carro este fato estava mais flagrante que numa versão de 2012 que avaliei no BLOG antigo.
O motor, que foi ajustado para a economia, anda melhor com álcool, o mapeamento do sistema de injeção e ignição foi eficiente. Com o carro cheio, o motorista tem que trabalhar muito com o câmbio, já que o motorzinho aí já não responde tão bem… situação bem natural para o segmento.
Da suspensão e do chassis – A suspensão elevada é firme e razoavelmente confortável, não há grandes diferenças dinâmicas por conta da elevação de molas e amortecedores. É bem estável nas curvas.
Do acabamento e conforto – O acabamento é simples, com revestimentos plásticos de razoável qualdade. O nível de ruído é baixo para a categoria (em asfalto liso), mas várias peças já apresentavam barulho ao cair em buracos. A vida a bordo é amenizada pelo bom layout interno. Ar condicionado, direção hidráulica, limpador traseiro, vidros elétricos, ajudam a espantar a sensação de simplicidade.
O acesso é fácil, no banco de trás, dois adultos viajam com razoável espaço. Há poucas firulas eletrônicas (chave codificada, travamento automático das portas a 6 km/h e temporizador da luz interna).
Pontos fortes – Desenho diferenciado da carroceria. Acabamento Way. Conjunto motor / câmbio de bom acerto e desempenho. Bom layout interno, que permite que quatro adultos grandes andem confortavelmente. Bom preço de revenda. A versão Way, elevada, dá mais distância ao solo, o que facilita o rodar em estradas de terra e enchentes.
Pontos fracos – Seguro alto, já que é muito visado pelos ladrões. Chave codificada, que já não é barreira para os ladrões “profissionais”. Imprecisão do trambulador no engate das marchas.