Confira mais uma avaliação.
Nissan X-Terra V6, 4.0 – 4×4 – 2013
Km inicial do teste – cerca de 3.800 milhas
Km rodados – mais de 2.800 milhas
Local do teste – Califórnia, Jul./2013
Cenário de teste – Estradas (planas e montanhosas), cidade (ruas e vias expressas). Pequenos trechos em fora de estrada.
Na direção – A direção hidráulica é leve, mais do que esperava para a proposta offroad do carro, mas não compromete, ela é bem direta. Transmite pouco as irregularidades do solo, ou seja, não dá solavancos. A posição de dirigir é boa, bem elevada, com regulagem de altura do banco do motorista, além de regulagens do ângulo do acento e de apoio lombar. Em pisos lisos, o rodar é macio, silencioso e agradável, nos pisos irregulares ou na terra, o jipão encontra a sua natureza! Não há muitos minos eletrônicos, a proposta é espartana. Vale destacar uma característica positiva e incomum num carro desta categoria e tão alto, o X-Terra não se deixa abalar pelos ventos laterais, nem em altas velocidades.
Do motor e câmbio – O motor de seis cilindros em V, de quatro litros, é excelente, é silencioso e vibra muito pouco. Ronca grosso (e bonito) quando bem solicitado. O câmbio automático de quatro marchas com Overdrive (equivale a cinco) é “indeciso”, requer atitude do motorista. Com o pé em baixo, o motorista decide por ele e aí as coisas vão bem, com o jipão acelerando de 0-100 km/h em menos de 8 segundos! Tempo melhor que os “esportivos” nacionais. Quando subindo uma serra com calma, ele fica “cheio de dúvidas”… num vai e vem de troca de marchas muito desagradável . No uso menos “diplomático”, como o “pé no carpete”, o câmbio automático faz bem seu papel, deixando o motor encher e com trocas suaves e rápidas. Para o tamanho do carro, o X-Terra não é “beberrão”. Já a tração 4×4 é fantástica, dá grande segurança ao motorista em seu modo 4×4 (com três diferenciais), com opções de 4×2 (traseira) e 4×4 reduzida.
Da suspensão e do chassis – A suspensão é bastante firme e ágil, mas quem vai no banco traseiro sofre ao passar em cada buraco. Os solavancos são duros, mas perfeitamente coerentes com a proposta offroad do carro. Rodando na cidade, pequenos buracos podem ser sentidos sem nenhuma sutileza. A vantagem é que ela está preparada para nosso padrão de ruas esburacadas sem sofrer danos. Os largos pneus aro 17, de uso misto, com “biscoitos” grandes não são os mais adequados para o asfalto, mas não comprometem.
Do acabamento e conforto – O acabamento é muito bem cuidado, com visual interior bastante conservador, mas funcional. Os materiais são de boa qualidade, o som é muito bom, o nível de ruído é baixo e a vida a bordo é fácil. As portas são grandes. O tecido dos bancos tem boa aparência e tato agradável. O espaço para as pernas no banco de trás não é dos melhores. Não há confortos comuns em carros mais baratos, como controle digital para o ar condicionado, nem computador de bordo, nem termômetro de temperatura externa, nem controle do sistema multimídia no volante.
Pontos fortes – Ótimo motor V6 4.0 litros. Boa estabilidade direcional. Tração integral 4×4, com opção 4×2 na traseira. Ótimo acabamento e acesso fácil. Boa posição de dirigir. Porta-malas amplo, com compartimento no fundo que esconde bagagens pequenas no fundo. Faróis eficientes.
Pontos fracos – O X-Terra deveria ter um câmbio mais moderno. Uma versão manual, apesar de menos confortável, seria mais coerente com a proposta do carro. Há poucos minos eletrônicos. Para uso urbano a suspensão é dura. Para quem mora no Rio, há apenas três concessionárias na cidade e relativamente poucas no Brasil. Para quem mora por aqui, o ótimo motor 4.0 de 260 HP infelizmente nunca foi vendido. O X-Terra não é vendido 0 km atualmente no Brasil.