Coincidências acontecem. Meu ex-chefe me escreveu contando a história dele com um Azera que transcrevo a seguir e meu atual chefe também tem um Azera, que dirigí uma vez numa hora de sufoco de trânsito.
Se o atual está satisfeito com o carro (já está no segundo Azera), o outro experimentou maus momentos. Vale a pena ler e refletrir.
“Adquiri um AZERA, zero km, 2009/2010. Antes de atingir 20.000 km, ainda no primeiro ano, o veículo começou a sofrer panes em pleno funcionamento, as quais acarretavam o completo desligamento do motor. Em diversas ocasiões o carro morria no meio da rua, demorando um bom tempo para religar. Algumas vezes quase bati, pois quando o motor morre todos os sistemas deixam de funcionar, volante tranca e o pedal do freio também não funciona.
Reportei o ocorrido na revisão de 20.000 km e fui informado que nada de anormal fora encontrado no veículo, recebendo a recomendação para retornar à concessionária, caso o problema voltasse a ocorrer.
Após a revisão, o problema ocorreu por mais duas vezes, sendo uma delas em plena Av. Delfim Moreira, no Leblon, cerca de oito horas da manhã, horário de grande intensidade de tráfego. A velocidade era de cerca de 50 km/hora e, com dificuldades, consegui parar o carro sem maiores conseqüências. Posteriormente, o defeito não ocorreu mais até um período próximo à revisão de 30.000 km.
Por volta dos 30.000 km, o comecei a escutar ruídos quando o carro estava em movimento. Aguardei a revisão que estava próxima e informei o evento das paradas do motor em movimento e o novo problema. Fui informado que o ruído advinha de uma falha no software, o qual, por sua vez, fora corrigido (sic).
Posteriormente, o veículo morreu em movimento mais uma vez, com cerca de 34.000 km. Com base nas informações da concessionária, resolvi observar mais um pouco. O fato não se repetiu e o aguardei a próxima revisão. No entanto, o ruído persistiu. No dia 14 de janeiro de 2013, o automóvel foi deixado para a revisão dos 40.000 km. Comuniquei a persistência do ruído, requerendo novamente sua averiguação.
No dia seguinte, o recebi um telefonema informando que realmente fora detectado um problema no motor do veículo, sem que fossem passados maiores detalhes sobre sua natureza e que demandaria mais quatro dias para análise.
Passados os quatro dias, recebi nova ligação comunicando que o problema era mais sério e que teriam que remeter o motor para São Paulo, pois no Rio de Janeiro não havia concessionária com oficinas habilitadas para “abrir” o motor. Informou que poderia demorar até trinta dias.
Próximo ao término do prazo de 30 dias, prazo máximo previsto pela concessionária para o conserto, o tentei ter notícias de seu veículo, sem lograr êxito.
Em razão das inúmeras tentativas frustradas encaminhei um e-mail à ouvidoria da Hyundai e, só após o citado e-mail, o consegui contato com a funcionária que informou que o motor já havia retornado da retífica (fato inusitado para um motor com apenas 40.000 km). Informou também que estava ok, mas, infelizmente, não dispunha dos calços necessários para a montagem do motor no chassis do veículo em estoque no Brasil, sendo necessário aguardar sua importação da Coréia, providência que demandaria de 15 a 20 dias. Até esse momento eu não havia recebido informação alguma sobre o andamento do serviço nem o que estava acontecendo com o motor.
Até então eu ficara 37 dias buscando notícias sobre o meu carro sem sucesso. Os únicos dois números disponíveis ou estavam ocupados ou eram atendidos por uma telefonista que transferia para o ramal solicitado, o qual chamava e ninguém atendia.
Mesmo após todos os transtornos não foi fornecido o carro reserva. O motivo pela negativa é que esse benefício só seria concedido nos primeiros 365 dias do automóvel, apesar de o defeito ter sido relatado pela primeira vez no prazo em que havia o direito.
Cabe esclarecer que realizei todas as revisões programadas, todas em concessionárias da Hyundai, no intuito de assegurar o ótimo funcionamento do veículo.
Certamente um problema dessa monta no motor não advém do uso, sendo, certamente característico de vício de fabricação, defeito pré-existente ao uso.
Após buscas na internet, encontrei, em sites de credibilidade reconhecida, diversos relatos do defeito de fabricação do motor do Azera.
Depois de 54 dias sem carro, recebi o Azera de volta e embora aparentemente estivesse funcionando normalmente, havia perdido a confiança e vendi, mesmo perdendo muito na desvalorização do carro, que comprado por R$ 82 mil foi vendido por R$ 35 mil que foi a melhor oferta que obtive.
Além do problema ressalto o péssimo atendimento da concessionária. Resultado: entrei na justiça por danos materiais e ganhei! O carro é muito bom até o dia em que enguiça, aí sentimos saudades do velho fusquinha!!!”
A Hyundai precisa se preocupar com a assistência técnica, sob o risco de queimar a boa imagem que construiu fabricando bons carros.